Tomar decisões sobre escritórios com base em achismos pode custar caro. Muitas empresas investem em reformas ou expansões sem compreender de fato como seus espaços são usados.
Se antes o redesenho de layouts e a definição de quantos metros quadrados seriam necessários estavam baseados em impressões subjetivas, hoje estatísticas e indicadores de ocupação permitem enxergar o uso real dos ambientes e projetar escritórios mais funcionais, eficientes e conectados às necessidades das pessoas.
É aqui que entra a abordagem data driven: transformar números em inteligência prática para reduzir desperdícios, alinhar o ambiente às necessidades das equipes e tornar o workspace um diferencial estratégico.
Adotar uma abordagem baseada em dados para workspaces não significa apenas economizar, mas também alinhar o espaço de trabalho à estratégia do negócio, à cultura organizacional e à experiência do colaborador.
Neste artigo, vamos mostrar como transformar números em inteligência prática para a gestão corporativa, explorando métricas essenciais, métodos de coleta de dados e estratégias de aplicação para reduzir desperdícios, otimizar recursos e elevar a performance do ambiente de trabalho.
O que é uma abordagem data driven?
Uma abordagem data driven é aquela em que as decisões não são tomadas apenas por intuição ou percepção, mas a partir de informações concretas, mensuráveis e confiáveis.
No contexto dos escritórios, isso significa abandonar a gestão empírica — baseada na sensação de que “a sala de reunião está sempre cheia” ou que “não há mesas suficientes” — e substituí-la por relatórios reais de ocupação, taxas de presença e padrões de uso.
Essa mudança de perspectiva evita reformas desnecessárias e investimentos equivocados. Muitos escritórios gastam milhões em remodelações modernas que não resolvem os problemas do dia a dia, justamente porque o projeto foi guiado por tendências ou pressões internas, e não por dados reais de comportamento.
Com o data driven, gestores passam a compreender como cada equipe utiliza o espaço, quais áreas ficam subutilizadas, onde estão os gargalos e quais ambientes realmente impulsionam a colaboração. Essa clareza gera decisões mais assertivas e sustentáveis, tanto financeiramente quanto na experiência do colaborador.
Por que os dados importam para melhorar o seu workspace?
A primeira razão é eficiência operacional. Ambientes corporativos representam uma das maiores despesas fixas das empresas. Se parte do espaço está ociosa, isso significa dinheiro sendo desperdiçado mensalmente em aluguel, energia, manutenção e limpeza de áreas sem uso.
A segunda é bem-estar dos colaboradores. Escritórios mal planejados podem gerar frustração, isolamento e até queda de produtividade. Dados de ocupação permitem equilibrar a oferta de ambientes de concentração, colaboração e descompressão, criando experiências mais positivas para os times.
Por fim, há o impacto estratégico. Com a imprevisibilidade do trabalho híbrido, os fluxos de pessoas mudam semanalmente. Apenas com indicadores confiáveis é possível planejar a longo prazo, decidir se vale expandir ou otimizar e redesenhar espaços de forma adaptável e funcional.
Em resumo, os dados não apenas revelam custos ocultos, mas também mostram oportunidades de ganho de eficiência e competitividade.
Cinco estatísticas para rastrear e entender melhor o seu workspace
Ao adotar uma cultura data driven para workspaces, é essencial acompanhar estatísticas-chave que traduzem o uso real do escritório em insights estratégicos.
1. Ocupação de espaços
A taxa de ocupação mostra a proporção entre os espaços disponíveis e os efetivamente usados. Se sua empresa tem 200 estações de trabalho e, em média, apenas 80 estão ocupadas, a ocupação é de 40% — o que significa que 60% do investimento está sendo desperdiçado todos os dias.
Esse indicador ajuda a identificar tanto ociosidade quanto sobrecarga. Ambientes lotados em determinados horários e vazios em outros são sinais claros de que o layout ou a política de uso precisam ser ajustados.
2. Tendência de comparecimento ao escritório
O modelo híbrido trouxe uma dinâmica volátil. Há dias de pico de presença e outros de baixíssima ocupação. Monitorar esses padrões semanais é essencial para evitar decisões precipitadas, como expandir escritórios por causa de um único dia cheio, quando a média geral indica que há espaço suficiente.
Esse dado ajuda no planejamento de infraestrutura e até na renegociação de contratos imobiliários.
3. Relatórios de visitantes
Além dos colaboradores, escritórios recebem fornecedores, clientes e parceiros. Ter relatórios detalhados de visitação ajuda a entender quando é necessário reforçar recepção, segurança ou serviços de apoio, otimizando recursos conforme a demanda real.
4. Relatório de uso de espaços por equipes e departamentos
Cada equipe tem dinâmicas próprias. Times de tecnologia podem demandar cabines silenciosas, enquanto vendas precisa de áreas colaborativas. Relatórios que mostram como cada departamento ocupa o escritório revelam desalinhamentos e permitem personalizar o espaço para aumentar a produtividade.
5. Análise de quem está trabalhando no escritório ou em casa
Tecnologias como o WiseCheck automatizam o check-in via Wi-Fi ou reconhecimento facial, permitindo acompanhar em tempo real quem está presencialmente e quem está remoto.
Esse dado é valioso para equilibrar a oferta de espaços, planejar equipes presenciais em projetos estratégicos e até repensar políticas de trabalho híbrido.
Como coletar dados para criar estratégias data driven para o seu ambiente de trabalho?
A coleta de dados deve ser automatizada, contínua e integrada.
Sensores de presença, plataformas de reservas digitais, dados de Wi-Fi e sistemas de check-in formam a base da coleta de informações de ocupação. Essas soluções oferecem relatórios granulares sobre circulação, permanência e preferências de uso.
Ferramentas como a WiseOffices vão além: integram check-in automático, reservas inteligentes, gestão de visitantes e dashboards analíticos em tempo real, permitindo cruzar informações de facilities e RH para uma visão 360° do workspace.
O mais importante é garantir que os dados coletados sejam confiáveis e livres de manipulação. Por isso, soluções que eliminam dependência de registros manuais, como o WiseCheck, são essenciais para decisões precisas.
Como transformar estatísticas em decisões práticas
Reunir números não é suficiente: é preciso traduzir estatísticas em ações concretas.
Redesenho de layout
Mapeamentos de ocupação mostram quais áreas estão vazias e quais são hotspots de produtividade. Com base nisso, é possível redesenhar o espaço, reduzindo áreas ociosas e ampliando zonas de colaboração. Isso evita reformas guiadas por modismos e garante alinhamento real às rotinas dos times.
Ajuste na alocação de recursos
Relatórios de uso revelam se há excesso de salas de reunião pouco usadas ou falta de cabines individuais. Essas informações orientam a alocação de recursos de forma eficiente, evitando gastos desnecessários em infraestrutura subutilizada.
Planejamento estratégico de médio e longo prazo
Com dados históricos, gestores conseguem simular cenários futuros: avaliar impactos da devolução de andares, renegociar contratos imobiliários e até prever necessidades de expansão conforme o crescimento da empresa.
Esse planejamento data driven transforma o escritório de um custo fixo em um ativo estratégico, adaptável às mudanças do negócio.
Conclusão
O caminho para uma gestão de workspace passa pela adoção de uma cultura data driven para workspaces. Os dados de ocupação revelam custos invisíveis, apontam oportunidades de eficiência e dão clareza para decisões de redesenho, alocação de recursos e planejamento de longo prazo.
Empresas que adotam essa abordagem conseguem reduzir desperdícios, aumentar a produtividade e alinhar o espaço físico ao modelo híbrido de trabalho. Mais do que uma questão de estética ou moda arquitetônica, trata-se de uma estratégia de negócio baseada em evidências.
Se a sua empresa ainda toma decisões sobre o escritório sem dados concretos, talvez esteja na hora de mudar.
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